Palestra de Jorge Trevisol
Aconteceu no dia 28 de Maio de 2014
Sede Recreativa da Marcopolo
Professores das escolas municipais: Marianinha, Rubem Bento Alves e São Vicente.
Sede Recreativa da Marcopolo
Professores das escolas municipais: Marianinha, Rubem Bento Alves e São Vicente.
Jorge Trevisol é formado em filosofia, teologia e psicologia. Tem
mestrados em psicologia e em espiritualidade pela Pontifícia
Universidade Gregoriana de Roma - Itália.
É doutor em Educação pela PUC de Porto Alegre. É psicoterapeuta, palestrante, escritor, cantor e compositor.
Vice-diretora Míriam, coordenadora Eli Cássia, diretora Luiza, Trevisol, vice-diretora Lorena e Creice da Fundação Marcopolo
Noite
fria, 28 de maio, quarta-feira, momento de integração entre
professores de nossa escola, Rubem Bento Alves e São Vicente.
Sede Recreativa da Marcopolo. Creice
Pellin Santiago, analista de Responsabilidade Social da Fundação
Marcopolo nos recebeu salientando que a palestra de Jorge
Trevisol faz parte das comemorações dos 25 anos da Fundação.
Trevisol
nos cativa logo no início, com o violão na mão canta entre mergulhos em reflexões filosóficas e psicológicas : “ A
época atual tem uma divisão maior do que entre pobres e ricos,
a grande divisão é entre distraídos e atentos. O distraído vê
a vida passar, está infeliz, não vê a hora de chegar o fim de
semana. O atento está ligado aos sinais, descobre o sentido das
coisas que acontecem no seu mundo, está conectado, se mantém
alerta.”
As
pessoas estão sedentas de sentido, sedentas de alma, mas não sabem
como encontrar-se, então constroem um muro e se escondem, protegendo-se.
Quem
sou eu? Trevisol alertou para prestarmos atenção as pessoas mais
próximas, as pessoas de nosso convívio, nessa análise
descobriremos quem somos.
“Com
quem você mais briga é com quem você mais se parece; é que você
enxerga no outro a parte de você que mais lhe incomoda.”
Depressão
e estresse são as consequências da sede da alma, do vazio que nos
atola. A depressão, segundo Trevisol é mais comum às mulheres. “É
a dor de quem guarda as coisas, não exterioriza seus problemas. É
o mal de quem não sai de casa, de quem se fecha para o mundo
exterior. O estresse é doença mais masculina, é coisa de quem quer
fazer, fazer e fazer, o estressado volta pra casa, mas a cabeça
dele parece estar em outro lugar, presa em problemas e preocupações”.
Por
outro lado, a bipolaridade foi definida por ele como a doença da
moda, porém Trevisol alerta que na verdade, todos nós somos
bipolares, pois a vida não é linear e estável, mas tem altos e
baixos também.
Somos
um reflexo de nossos pais, que se espelharam nos seus pais. Ficamos
parecidos com as pessoas que estão próximas, e os nossos filhos
também se espelhararão em nós. Aconselhou que cuidemos hoje das
pessoas que estão próximas e de quem gostamos, pois no futuro teremos
pessoas que também cuidarão de nós.
Os
filhos vêm ao mundo para curar os pais, para tirar o narcisimo que
carregam, para ensinar os pais a viverem. Por isso é importante que
os pais passem
vibrações positivas para os filhos. A mãe tem que abençoar o
filho para abrir seu caminho, mesmo quando pense que fez tudo errado
com o filho. Viemos ao mundo para dar certo, acreditar que as coisas
vão dar certo atrai esta energia positiva para nós, e para as
pessoas que amamos.
E
para os filhos, Trevisan aconselha que busquemos perdoá-los, guardando só as
imagens boas de nossos pais.
Trevisol
cantou várias músicas, mas nos tocou com “meu coração vive
cheio de amor e deserto” (Balada de Agosto – Baleiro). O deserto,
explicou, são nossas atitudes que machucam as pessoas que mais
gostam de nós, o deserto é o que não controlamos, nossos medos,
nossas ansiedades... coisas que acontecem quando não ouvimos nosso
coração. Na dúvida, parar, ouvir o que o coração tem a dizer,
não machucar, amar mais. Foi uma experiência muito rica. A
palestra tocou fundo na alma de todos, bastou ver os olhos
encharcados da platéia.